Diferentemente dos estabelecimentos convencionais no varejo (lojas de médio e pequeno porte), alguns empecilhos praticamente impossibilitam a instalação das big box nas regiões centrais da cidade.
Uma delas é a falta de bons espaços, com metragem de no mínimo 1.200 m², podendo chegar a 16.000 m², e que possuam preços por m² atrativos. Por isso elas acabam se instalando em regiões mais periféricas, como as marginais da cidade. É o caso da Marginal Pinheiros e Marginal Tietê, na capital São Paulo, povoadas por essas gigantes do varejo.
Empresas como Leroy Merlin, Telha Norte, Sodimac Tok&Stok, Decathlon, Petz, Cobasi e atacarejos são alguns exemplos de big box com forte presença nas maginais. Algumas delas, inclusive, optam por realizar contratos imobiliários atípicos, como a Obramax, empresa do grupo francês que também controla a Leroy Merlin, que recentemente anunciou um acordo de R$ 135 milhões na modalidade Built to Suit com a gestora do fundo imobiliário TRXF11 para o desenvolvimento, construção e locação dos imóveis no longo prazo.
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Big box e os power centers
Manuel Puig, Sócio Diretor na Área de Varejo da Cushman & Wakefield, conta que essa demanda por grandes espaços tem impulsionado o desenvolvimento dos chamados power centers, que são empreendimentos desenvolvidos especialmente para acolher esse tipo de operação de maneira estruturada: ‘‘as lojas no modelo big box têm necessidades de operações muito diferentes das lojas que operam em shopping centers. Pé direito entre 7 e 9 metros, área para carga e descarga nos fundos da loja e menor quantidade de pilares internos são algumas dessas especificidades, por isso os power centers são considerados os shoppings de lojas elefantes’’, ressalta.
Manuel conta que o desenvolvimento do setor de power centers traz novas perspectivas para instalação de big box, sendo interessante tanto para o ocupante quanto para o empreendimento: ‘‘temos por um lado grandes marcas atraindo consumidores para o power center, e por outro lado temos o empreendimento oferecendo condições para abrigar esse tipo de operação com algumas comodidades, como gestão integrada e uma gama de amenidades ao consumidor’’.
Com as lojas big box puxando essa demanda, os projetos de power centers vem ganhando força. Em 2021 A MyMall lançou em Contagem, Minas Gerais, um centro comercial seguindo o conceito power center. O empreendimento tem diversas lojas-âncoras lado a lado, além de varejistas e estacionamento amplo. Recentemente o Maceió Shopping também anunciou sua transformação para power center, o que deve acontecer ainda em 2022.
A Cushman & Wakefield possui serviços específicos voltados ao varejo. Eles englobam todas as etapas do ciclo do negócio, tanto para ocupantes quanto para proprietários.
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